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Vem aí o "I Encontro Pernambucano do Livro Infantil e Juvenil"


Prezados amigos,

Um dos motivos para que este blog viesse ao ar foi o de, além de apresentar e difundir o trabalho de vários criadores de LIJ em Pernambuco, preparar as bases para a realização do I Encontro Pernambucano do Livro Infantil e Juvenil, realizado com êxito em agosto de 2011, pelo que esperamos novas e melhores edições anuais. Há um grande número de talentosos criadores de LIJ em Pernambuco, que precisam se conhecer mais e melhor, unir forças e trabalhar em coletivo. Assim, além de convidá-los a colaborar com materiais para este espaço virtual, os convidamos a tomar parte neste projeto mais amplo que, sem dúvida, será um marco para o setor em nosso estado. Abraços a todos, Telma Brilhante e Antonio Nunes (Tonton) - Coordenadores do projeto. Contamos com vocês!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Tal qual amar



O verbo ler não suporta o imperativo. Aversão que partilha com alguns outros:o verbo "amar"... o verbo "sonhar"...

Com estas palavras o escritor Daniel Pennac inicia o seu texto, no qual discorre sobre a trajetória da formação do leitor, desde a sua primeira infância, passando por sua escolarização até a adolescência.

Expõe com clareza que não são os estímulos do convidativo mundo exterior contemporâneo, que nos cerca e do qual não podemos escapar ao convívio, que se tornam barreiras ao hábito da leitura, tampouco os jogos eletrônicos, a carência de bibliotecas (em especial públicas) ou, mesmo, a televisão. A questão central é bem mais ampla e, ao mesmo tempo, bem mais simples do que tudo isso!

Este livro oferece um conjunto de reflexões sobre o cotidiano, o livro e o ato de ler, escrito com inigualável ternura, típica de quem demonstra grande intimidade com o assunto. O grande segredo nada mais é do que a descoberta do prazer de ler. Afinal, ler é um ato de rebeldia, de fugir, escapar às regras preestabelecidas. Logo, libertador! E isso,via de regra, as crianças adoram...

Um bom livro infantil dever ser um convite para se viver com mais imaginação e liberdade, percorrendo um mundo mágico que levará o seu destinatário (a criança) a uma melhor compreensão de sua realidade. Deve ser lido com os olhos do coração, sem amarras ou preconceitos, enfim, com a mente aberta. Entretanto, pontua que, além do próprio acesso ao livro, são direitos imprescritíveis do leitor:

1. O direito de não ler;
2. O direito de pular páginas;
3. O direito de não terminar um livro;
4. O direito de reler;
5. O direito de ler qualquer coisa;
6. O direito ao bovarismo (doença textualmente transmissível);
7. O direito de ler em qualquer lugar;
8. O direito de ler uma frase aqui e outra ali;
9. O direito de ler em voz alta;
10. O direito de calar.


Confesso que, nos últimos tempos, este foi um dos livros cuja leitura me deu mais prazer. Vale muito a pena conferir!

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