Notícias sobre a Literatura Infantil e Juvenil em Pernambuco, escritores e ilustradores locais, eventos e demais informações relacionadas à temática, de interesse para aficcionados e para o público em geral.
Páginas
Vem aí o "I Encontro Pernambucano do Livro Infantil e Juvenil"
Um dos motivos para que este blog viesse ao ar foi o de, além de apresentar e difundir o trabalho de vários criadores de LIJ em Pernambuco, preparar as bases para a realização do I Encontro Pernambucano do Livro Infantil e Juvenil, realizado com êxito em agosto de 2011, pelo que esperamos novas e melhores edições anuais. Há um grande número de talentosos criadores de LIJ em Pernambuco, que precisam se conhecer mais e melhor, unir forças e trabalhar em coletivo. Assim, além de convidá-los a colaborar com materiais para este espaço virtual, os convidamos a tomar parte neste projeto mais amplo que, sem dúvida, será um marco para o setor em nosso estado. Abraços a todos, Telma Brilhante e Antonio Nunes (Tonton) - Coordenadores do projeto. Contamos com vocês!
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Maestria com simplicidade
Ler, contar e encantar crianças (Mediação, 2009) é daqueles livros que renovamos o prazer da leitura a cada novo contato com este magnífico texto, deste maravilhoso mestre. É daqueles que lemos de um único fôlego, tamanha a capacidade de envolvimento que o autor nos impõe, pois nos prende e surpreende face à simplicidade com que nos apresenta rica teoria em uma escrita prática, acessível. Depois desse impacto inicial, sentimos a necessidade de retornar a ele. Retomamos outras leituras, desta vez com mais vagar, para degustar trechos e lições específicas que encontramos ao longo de todos os seus capítulos. Nestes, dentre outros conteúdos, ele nos fala de: A leitura e o imaginário da criança; Leitura: prazer, saber e poder; A importância da poesia e de livros no universo infantil e, por fim, nos brinda com um capítulo especial: Como me tornei um escritor. Apenas para constar: dentre os muitos prêmios conquistados pelo autor, vários de seus livros receberam a láurea Altamente Recomendável para Criança (concedida pela FNLIJ). Elias José: leitura mais que recomendada, imprescindível para aqueles que se dedicam à LIJ no Brasil.
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Para conhecer um pouco mais da AEILIJ
AEILIJ reúne autores e ilustradores de infantis e juvenis
Por Ivani Cardoso
Com mais de 400 associados de vários estados brasileiros, a Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil, desde 1998, representa profissionais dessa área. Na presidência está Sandra Pina, escritora, jornalista e tradutora. Ela explica que a associação nasceu da necessidade de reunir profissionais que, pela natureza de seu ofício, trabalham muito isolados. “A ideia, desde o início, foi a troca de experiência e informação”, comenta. A entidade não tem uma sede física, mas o endereço oficial para correspondências é no Rio de Janeiro, cidade onde se encontra a maior parte da diretoria atual. Nas últimas décadas aumentou muito o número de ilustradores em atividade e muitos publicam no Exterior, da mesma forma que ilustradores estrangeiros têm sido contratados por editoras brasileiras. Entre as dificuldades encontradas pelos associados, Sandra destaca a falta de interesse para a Literatura Infantil e Juvenil no Brasil: “muito pouco da produção é encontrada nas livrarias ou resenhada pelos veículos de comunicação: “de modo geral, as livrarias vendem os best-sellers importados ou os chamados livros-brinquedo. Nada contra, mas ainda falta muito para o livro fazer, realmente, parte da infância brasileira. Afinal, quantos pais, avós, tios optam por comprar livros para suas crianças?”
Leia a entrevista na íntegra: aqui.
Por Ivani Cardoso
Com mais de 400 associados de vários estados brasileiros, a Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil, desde 1998, representa profissionais dessa área. Na presidência está Sandra Pina, escritora, jornalista e tradutora. Ela explica que a associação nasceu da necessidade de reunir profissionais que, pela natureza de seu ofício, trabalham muito isolados. “A ideia, desde o início, foi a troca de experiência e informação”, comenta. A entidade não tem uma sede física, mas o endereço oficial para correspondências é no Rio de Janeiro, cidade onde se encontra a maior parte da diretoria atual. Nas últimas décadas aumentou muito o número de ilustradores em atividade e muitos publicam no Exterior, da mesma forma que ilustradores estrangeiros têm sido contratados por editoras brasileiras. Entre as dificuldades encontradas pelos associados, Sandra destaca a falta de interesse para a Literatura Infantil e Juvenil no Brasil: “muito pouco da produção é encontrada nas livrarias ou resenhada pelos veículos de comunicação: “de modo geral, as livrarias vendem os best-sellers importados ou os chamados livros-brinquedo. Nada contra, mas ainda falta muito para o livro fazer, realmente, parte da infância brasileira. Afinal, quantos pais, avós, tios optam por comprar livros para suas crianças?”
Leia a entrevista na íntegra: aqui.
sábado, 12 de outubro de 2013
Plano Nacional do Livro e Leitura deve virar lei
Câmara dos Deputados - 04/10/13
O brasileiro lê, em média, quatro livros por ano – menos da metade do que é lido, por exemplo, em Portugal, onde a média é de 8,5 livros por ano. O dado é apontado na pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, divulgada em março deste ano e revela um decréscimo do número de livros lidos pela população, que em 2007 era de 4,7 livros por ano. Para debater a importância de políticas públicas que incentivem a leitura e democratizem o acesso ao livro, as comissões de Educação e de Cultura realizaram uma audiência pública nesta terça-feira (1), na Câmara dos Deputados.
O debate apontou para a necessidade de transformar em lei o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), desenvolvido pelos ministérios da Cultura (MinC) e Educação (MEC) desde 2006. Para tanto, a coordenadora da Frente Parlamentar Mista do Livro e Leitura e idealizadora da audiência, deputada Fátima Bezerra (PT/RN), lançou manifesto durante o encontro para que o Executivo envie ao Congresso um projeto de lei (PL) sobre o assunto. A ideia é colher assinaturas até o fim do mês, quando a parlamentar entregará o documento à ministra da Cultura, Marta Suplicy.
“Demos mais um passo para fomentar, institucionalizar e fortalecer uma política pública que considero estratégica. É fundamental que o acesso ao livro seja encarado como política de Estado. Vamos fazer andar o projeto sobre o fundo setorial do livro, leitura e literatura; vamos cobrar do governo o envio dos projetos que institui o PNLL como lei, e que cria o Instituto Nacional do Livro, da Leitura e da Literatura”, enfatizou Fátima Bezerra.
Para o secretário executivo do PNLL, José Castilho, além de tornar o plano uma política de Estado, é esse tripé que fará a diferença para a democratização do acesso ao livro e fortalecimento da leitura. Segundo ele, não há divergências em relação à necessidade de tornar o Brasil um País de leitores, mas reforçou que, ao mesmo tempo, a inexistência de políticas públicas fragiliza as iniciativas. “Não podemos ficar à mercê das mudanças de governo. O Estado funciona com marcos legais e investimentos. E essa lei vai balizar o restante das nossas necessidades. O projeto está pronto e acredito que muito em breve deve chegar ao Congresso Nacional.”
Fabiano dos Santos, diretor do Livro, Leitura e Literatura do MinC, reforçou a importância da institucionalização do plano. Segundo ele, até agora o que se construiu foi uma política de livro, não de leitura, “e esta precisa avançar”.
“Talvez seja a hora de termos o PAC da formação das pessoas”, destacou o deputado José Stédile (PSB/RS), em referência ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) desenvolvido pelo governo federal desde o governo Lula. Stédile reforçou a falta de interesse de prefeituras em investir em bibliotecas, diminuindo o acesso à leitura da população que não tem recurso para adquirir livros.
Boas práticas
Em contrapartida, várias experiências independentes de incentivo à leitura são realizadas Brasil afora e duas delas foram apresentadas durante o debate. São bibliotecas comunitárias implantadas em escolas pelo Instituto Ecofuturo e as oficinas e rodas de leitura promovidas pela organização Vaga Lume em comunidades tradicionais e rurais na Amazônia Legal.
Mas trabalhos independentes, muitas vezes, encontram barreiras. A falta de metodologia para avaliar os resultados obtidos nas oficinas e rodas de leitura da Vaga Lume, por exemplo, tem sido um obstáculo para o avanço do trabalho. A historiadora Sylvia Guimarães, uma das idealizadoras do projeto, aproveitou o debate para pedir aos parlamentares e aos membros do Executivo que olhem para essas iniciativas e pensem, por exemplo, editais e políticas que contemplem quem tem know how. Também sugeriu à academia que faça parcerias com essas instituições para que pesquisas sobre resultados obtidos, por exemplo, possam ser realizadas.
Patrícia Lacerda, do Instituto C&A, uma das parceiras das escolas comunitárias do Instituto Ecofuturo, lembrou que se tem pouco tempo até a próxima eleição e que é preciso agilidade na formulação e aprovação dessa lei que trone livro e leitura política de Estado.
Levar esse debate para a ponta também foi uma demanda apresentada. Ruivo Lopes, integrante da Rede de Saraus da Periferia, de São Paulo, destacou que o PNLL pode salvar vidas nas periferias das cidades. “Com o acesso à leitura, a gente pode mudar o futuro dos jovens da periferia, a gente pode mudar a cara do mapa da violência desse País”, disse.
O brasileiro lê, em média, quatro livros por ano – menos da metade do que é lido, por exemplo, em Portugal, onde a média é de 8,5 livros por ano. O dado é apontado na pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, divulgada em março deste ano e revela um decréscimo do número de livros lidos pela população, que em 2007 era de 4,7 livros por ano. Para debater a importância de políticas públicas que incentivem a leitura e democratizem o acesso ao livro, as comissões de Educação e de Cultura realizaram uma audiência pública nesta terça-feira (1), na Câmara dos Deputados.
O debate apontou para a necessidade de transformar em lei o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), desenvolvido pelos ministérios da Cultura (MinC) e Educação (MEC) desde 2006. Para tanto, a coordenadora da Frente Parlamentar Mista do Livro e Leitura e idealizadora da audiência, deputada Fátima Bezerra (PT/RN), lançou manifesto durante o encontro para que o Executivo envie ao Congresso um projeto de lei (PL) sobre o assunto. A ideia é colher assinaturas até o fim do mês, quando a parlamentar entregará o documento à ministra da Cultura, Marta Suplicy.
“Demos mais um passo para fomentar, institucionalizar e fortalecer uma política pública que considero estratégica. É fundamental que o acesso ao livro seja encarado como política de Estado. Vamos fazer andar o projeto sobre o fundo setorial do livro, leitura e literatura; vamos cobrar do governo o envio dos projetos que institui o PNLL como lei, e que cria o Instituto Nacional do Livro, da Leitura e da Literatura”, enfatizou Fátima Bezerra.
Para o secretário executivo do PNLL, José Castilho, além de tornar o plano uma política de Estado, é esse tripé que fará a diferença para a democratização do acesso ao livro e fortalecimento da leitura. Segundo ele, não há divergências em relação à necessidade de tornar o Brasil um País de leitores, mas reforçou que, ao mesmo tempo, a inexistência de políticas públicas fragiliza as iniciativas. “Não podemos ficar à mercê das mudanças de governo. O Estado funciona com marcos legais e investimentos. E essa lei vai balizar o restante das nossas necessidades. O projeto está pronto e acredito que muito em breve deve chegar ao Congresso Nacional.”
Fabiano dos Santos, diretor do Livro, Leitura e Literatura do MinC, reforçou a importância da institucionalização do plano. Segundo ele, até agora o que se construiu foi uma política de livro, não de leitura, “e esta precisa avançar”.
“Talvez seja a hora de termos o PAC da formação das pessoas”, destacou o deputado José Stédile (PSB/RS), em referência ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) desenvolvido pelo governo federal desde o governo Lula. Stédile reforçou a falta de interesse de prefeituras em investir em bibliotecas, diminuindo o acesso à leitura da população que não tem recurso para adquirir livros.
Boas práticas
Em contrapartida, várias experiências independentes de incentivo à leitura são realizadas Brasil afora e duas delas foram apresentadas durante o debate. São bibliotecas comunitárias implantadas em escolas pelo Instituto Ecofuturo e as oficinas e rodas de leitura promovidas pela organização Vaga Lume em comunidades tradicionais e rurais na Amazônia Legal.
Mas trabalhos independentes, muitas vezes, encontram barreiras. A falta de metodologia para avaliar os resultados obtidos nas oficinas e rodas de leitura da Vaga Lume, por exemplo, tem sido um obstáculo para o avanço do trabalho. A historiadora Sylvia Guimarães, uma das idealizadoras do projeto, aproveitou o debate para pedir aos parlamentares e aos membros do Executivo que olhem para essas iniciativas e pensem, por exemplo, editais e políticas que contemplem quem tem know how. Também sugeriu à academia que faça parcerias com essas instituições para que pesquisas sobre resultados obtidos, por exemplo, possam ser realizadas.
Patrícia Lacerda, do Instituto C&A, uma das parceiras das escolas comunitárias do Instituto Ecofuturo, lembrou que se tem pouco tempo até a próxima eleição e que é preciso agilidade na formulação e aprovação dessa lei que trone livro e leitura política de Estado.
Levar esse debate para a ponta também foi uma demanda apresentada. Ruivo Lopes, integrante da Rede de Saraus da Periferia, de São Paulo, destacou que o PNLL pode salvar vidas nas periferias das cidades. “Com o acesso à leitura, a gente pode mudar o futuro dos jovens da periferia, a gente pode mudar a cara do mapa da violência desse País”, disse.
Assinar:
Postagens (Atom)