Queridos antecessores,
Hoje... Diante de sensacionalismo exercido pela mídia e imprensa; diante do culto exacerbado para alcançar um padrão de beleza “perfeito”; diante da busca do individualismo e da mudança de conceitos morais para a adoração do supérfluo; somos adoráveis marionetes de sofismas!
Vivemos em um mundo com duas realidades: uma sendo virtual, tecnológica imposta por quase todos os meios de comunicação onde grande parte das informações é retorcida, modificadas para apenas atender objetivos corruptos de governos ou desejos egoístas de indivíduos (como deves saber muito bem); onde nossa imaginação estende a fantasiosa visão daquilo que nos achamos ser realidade. A outra e’ simplesmente a que nos esquecemos de viver, aquela em que um dia proporcionaria a interação concreta entre indivíduos; aquela em que a beleza e perfeição irradiante da natureza junto com exemplos de compaixão e amor entre indivíduos dariam força para superar e aceitar o inevitável sofrimento do mundo, mas que foi substituída por conversas eletrônicas. Também, infelizmente, muitos de nós não somos melhores do que vocês que nos antecederam há 90, 100 ou 200 anos atrás, que sonhavam por liberdade de expressão... Vocês que sonhavam em encontrar um pote de ouro no fim do arco-íris, mas que foram corrompidos pelo egoísmo, inveja, ambição pelo poder e assim rodeados por conflitos, guerras e decadência moral e espiritual. Tais descrições não diferem muito do modo em que a nossa adorada, moderna e vigorosa sociedade do séc.XX vive.
Mas não basta isso, temos sede ainda por satisfazer os nossos caprichos sem consideração ao outro. O outro sendo tanto um indivíduo, como um animal ou como a terra que nos proporciona a raiz que nos mantém vivos. Tal comportamento e’ a mera consequência da nossa cegueira. Por não ver as virtudes nos amigos ou inimigos, não temos compaixão para com os nossos semelhantes e deixamos guerras prevalecerem entre nós. Por não enxergar a beleza da natureza que nos rodeia, deixamos a visão de desenvolvimento econômico (industrialização) destruir os tranquilos recantos para nossas almas. Deixamos o verde vibrante das matas, o azul profundo que guardam os segredos das águas, a brisa refrescante do ar que enchem nossos pulmões se transformarem em nada mais que cinzas... deixamos tudo aquilo ser incinerado pelo desejo de ser o primeiro do “ranking” da competição mundial de desenvolvimento econômico, com o ideal de atingir a perfeita qualidade de vida, através de um pais explorando o outro, sem reconhecimento ou respeito para com a cultura, historia ou filosofia daqueles que sofrem as perversas desigualdades .
Mas não basta isso, temos sede ainda por satisfazer os nossos caprichos sem consideração ao outro. O outro sendo tanto um indivíduo, como um animal ou como a terra que nos proporciona a raiz que nos mantém vivos. Tal comportamento e’ a mera consequência da nossa cegueira. Por não ver as virtudes nos amigos ou inimigos, não temos compaixão para com os nossos semelhantes e deixamos guerras prevalecerem entre nós. Por não enxergar a beleza da natureza que nos rodeia, deixamos a visão de desenvolvimento econômico (industrialização) destruir os tranquilos recantos para nossas almas. Deixamos o verde vibrante das matas, o azul profundo que guardam os segredos das águas, a brisa refrescante do ar que enchem nossos pulmões se transformarem em nada mais que cinzas... deixamos tudo aquilo ser incinerado pelo desejo de ser o primeiro do “ranking” da competição mundial de desenvolvimento econômico, com o ideal de atingir a perfeita qualidade de vida, através de um pais explorando o outro, sem reconhecimento ou respeito para com a cultura, historia ou filosofia daqueles que sofrem as perversas desigualdades .
Estamos cegos ao atravessar a rua das nossas vidas... Mas agradecidamente somos guiados pela mídia e propaganda, e ignoramos as crianças que sorriem por amor, que choram por ajuda, que entendem suas pequenas mãos implorando por perdão e compaixão... Faltamos com respeito aos mais idosos, sem o entendimento e a paciência para compreender as reclamações da vida solitária que vivem, nos damos o luxo de não escutar o grito de aviso da nossa intuição para evitar que as nossas almas sucumbam às visões materialistas, envolvidos pelo medo de não ser nada mais que uma ilusão.
Dessa forma vamos vivendo as nossas vidas... Vivemos no medo, na ansiedade, na ociosidade de pensamentos... vivemos a assistir a peça da violência, a escutar a música das máquinas e a sentir o cheiro do carvão e petróleo sendo queimados... Ainda buscamos pela visão e sentimentos de liberdade e felicidade, mas até agora poucos provaram a existência da desconhecida mas ansiada auto-realização.
Assim, dou saudações a futura sociedade em que vivem as suas crianças.
Grande abraço,
Futuro.
Nota do Editor deste Blog: Ontem, por acaso, este texto chegou à minhas mãos. A autora tem apenas 17 anos. Não a conheço, nem sei se tem pretensões de, um dia, tornar-se escritora. Mas, se continuar a escrever com tamanha paixão pela vida e a expressar sua verdade em palavras, sem dúvida, terá um futuro promissor como tal. O texto está reproduzido integralmente, em sua forma original. Parabéns, continue, Helena. Literal e literariamente o mundo está nas mãos da juventude. Façam acontecer ...
Grande abraço para ti e ao - creio que sim, orgulhoso papai - bom amigo Flávio Gadêlha.
Nota do Editor deste Blog: Ontem, por acaso, este texto chegou à minhas mãos. A autora tem apenas 17 anos. Não a conheço, nem sei se tem pretensões de, um dia, tornar-se escritora. Mas, se continuar a escrever com tamanha paixão pela vida e a expressar sua verdade em palavras, sem dúvida, terá um futuro promissor como tal. O texto está reproduzido integralmente, em sua forma original. Parabéns, continue, Helena. Literal e literariamente o mundo está nas mãos da juventude. Façam acontecer ...
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