Ana Maria Machado, uma das maiores autoras infanto-juvenis do Brasil, garante que este ano vai realizar o desejo de conhecer a FLIPORTO. Nesta entrevista, ela nos fala da importância da escola na formação das futuras gerações de leitores.
Essa escola ideal, a CLILO/FLIPORTO, a mulher presidente da Academia Brasileira de Letras vai conhecer no intervalo de uma das suas participações no congresso literário da FLIPORTO, em novembro, no Largo do Amparo.
No ano passado, com as malas prontas para participar durante os quatro dias da grande festa literária pernambucana, Ana Maria Machado foi surpreendida com uma viagem de última hora para fora do Brasil, e que não estava nos seus planos.
Pelo telefone, disse ao escritor Antônio Campos, curador da Fliporto, que 2013 seria para ela o ano de estar com seus amigos e leitores pernambucanos. “Quero compensar da melhor forma a oportunidade que não tive”, disse ela.
Ciceroneada por Antônio Campos e pelo escritor Antonio Nunes, coordenador da Casa CLILO, Ana Maria Machado vai o conhecer de perto o projeto sobre o qual já tem referências como um dos mais curiosos e criativos no campo do incentivo à leitura entre adolescentes e jovens de famílias de baixa renda.
Ganhadora do Prêmio Hans Christian Andersen (2001), considerado o Nobel da literatura infanto-juvenil, a jornalista e escritora Ana Maria Machado (Rio de Janeiro, 1941), é autora de mais de 100 títulos, alguns deles publicados em 17 países, somando mais de 18 milhões de exemplares vendidos. Formada em Letras, lecionou na UFRJ e PUC. Durante a ditadura militar, exilou-se em Paris, onde cursou pós-graduação com Roland Barthes. Trabalhou na revista Elle, em Paris, na BBC de Londres e em vários jornais e revistas brasileiros. Em 1979, fundou no Rio de Janeiro a Malasartes, primeira livraria brasileira dedicada exclusivamente a crianças e adolescentes. Também notabilizou-se pela sua produção de literatura para adultos, com o premiado A audácia dessa mulher (1999) e Texturas — sobre leituras e escritos (2001). Desde 2003, Ana Maria Machado ocupa a cadeira 1 da Academia Brasileira de Letras.
Num país conhecido pelos baixos índices de leitura, Ana Maria é otimista: acredita que seu hábito ainda será compartilhado por todos, um dia. “Ler é muito gostoso; é natural que as pessoas gostem”, diz. “Só falta alguém que desperte esse interesse.” Nesta entrevista, marcada por risos, lembranças e colheradas de sorvete, nos jardins do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a escritora fala de como o professor pode assumir esse papel, servindo de exemplo para que as futuras gerações passem a andar com livros a tiracolo.
Antes de você conhecê-la no palco e avaliar a sua forma presencial de cativar o público, como palestrante da FLIPORTO, veja nesta entrevista porque ela se tornou a terceira mulher a presidir a ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS.
A senhora criou um curso na Casa da Leitura, no Rio de Janeiro, para ensinar professores a trabalhar com literatura. Na sua opinião, quais são as principais falhas de formação que eles têm?
Leia a íntegra desta entrevista aqui.
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